Em um tempo não tão distante
Numa terra onde o vento cortava
O frio assolava e o medo matava
Eu ouvia uma voz constante
Adorava ouvi-la e sabia
De alguma forma, internamente
Que enquanto eu fugia eternamente
Essa voz era minha guia
Como podia? Eu não entendia
E fazia questão de segui-la todo dia
Nos tornamos amigos mesmo que distantes
Falávamos de nossas vidas e assuntos de amantes
Passamos por muitas dificuldades
Ela lá, eu cá e em certo momento
Com diferentes capacidades
Cada um superou as suas no seu tempo
Um dia nos encontramos
Vimos o quanto caminhamos
Separados mas juntos
E falamos de vários assuntos
E o assunto era tanto que não acabava
E a alegria era tanta que se estranhava
E querendo continuar a ser feliz
Decidimos ficar juntos e olhar só pra frente como se diz
Nos amamos há dois anos
Mas só fomos apresentados há dois meses
Juntos, já sorrimos e choramos
E ainda faremos isso muito mais vezes
Ela diz e tem razão
Que eu nunca escrevi nada pra ela
Começarei agora então
E pra não dizer que será apenas uma quirela
Em forma de texto e poesia
Como um eterno amante, namorado e amigo
Pedirei a sua mão:
“Quer se casar comigo?”