Olá,

Deixe me apresentar, sou um mero viajante
das estradas, das cidades, do tempo
sim, você veio até aqui! mas veja como é interessante
serão meus versos, meu mundo, que com o vento
chegarão até você nesse momento!

Espero que aprecie minha estadia aqui
enquanto você permanecer
e quem sabe um verso aqui um verso ali
fiquem contigo para lhe entreter

quem sabe até , fazer chorar, rir ou relembrar,
as palavras são mesmo desse jeito
depois de escritas ou proferidas ao ar

acertam em cheio alguém no peito
assim como as canções ou como o luar
que trazem harmonia e paz ao nosso mundo imperfeito.

Bardo da Lua

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Papel

Papel empapado de puro pudor
Só que não
Primeira parte, primeiros passos de um amor
Pisados e passados com paixão

Escolha plena e consciente
Racional, crua e sem máscara alguma
De tão boa e verdadeira, até um pouco indecente
Que do mundo esconde coisa nenhuma

Claros e diretos, nem sempre amáveis
A decisão de um futuro a dois dessa vez
Para no próximo ano, comemorar-se à três

Nada de fantasias ou sonhos impensáveis
O papel do primeiro ano é como nosso contrato
Passado, rasgado e borrado

Mas é o nosso papel
Papel de Pais
Papel de pão
De todos os dias


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Guerra e Paz

Guerra e Paz já se faz
Desde antes de nossa primeira aparição
Da barriga, quentes e cheio de proteção
Saímos para o frio do mundo, um ser incapaz

A cada dia é menos um dia
E mais um ao mesmo tempo
Sobrevivendo a cada momento
Vivendo e aprendendo a revelia

A natureza é organizada e perfeita
E nós, pequenos pedaços de caos andantes
guerreiros, depressivos, assassinos e amantes
tentando tornar nossas vidas tão simples quanto uma receita

A mão que bate também afaga
A palavra que ofende também elogia
O chumbo da tinta de lindos quadros
Também asfixia, descolori e mata

Tudo é e não é
pode ou não pode ser
Vivemos de escolhas, Maria ou José
Escolhemos Viver... ou morrer

E apenas uma coisa não é dual nem ambígua
É que desde o primeiro segundo de vida
Até ouvirmos o último badalo
A morte vem a cavalo



segunda-feira, 22 de abril de 2013

O pedido


Em um tempo não tão distante
Numa terra onde o vento cortava
O frio assolava e o medo matava
Eu ouvia uma voz constante

Adorava ouvi-la e sabia
De alguma forma, internamente
Que enquanto eu fugia eternamente
Essa voz era minha guia

Como podia? Eu não entendia
E fazia questão de segui-la todo dia
Nos tornamos amigos mesmo que distantes
Falávamos de nossas vidas e assuntos de amantes

Passamos por muitas dificuldades
Ela lá, eu cá e em certo momento
Com diferentes capacidades
Cada um superou as suas no seu tempo

Um dia nos encontramos
Vimos o quanto caminhamos
Separados mas juntos
E falamos de vários assuntos

E o assunto era tanto que não acabava
E a alegria era tanta que se estranhava
E querendo continuar a ser feliz
Decidimos ficar juntos e olhar só pra frente como se diz

Nos amamos há dois anos
Mas só fomos apresentados há dois meses
Juntos, já sorrimos e choramos
E ainda faremos isso muito mais vezes

Ela diz e tem razão
Que eu nunca escrevi nada pra ela
Começarei agora então
E pra não dizer que será apenas uma quirela

Em forma de texto e poesia
Como um eterno amante, namorado e amigo
Pedirei a sua mão:
“Quer se casar comigo?”